O Pomar




Além da diversidade de espécies, de modo a proporcionar maior satisfação, o proprietário do pomar deve procurar reunir um certo número de variedades de uma mesma espécie frutífera sempre que isso permitir ampliar a época da colheita, como é o caso do abacate, laranja e manga. Uma vez escolhida as espécies e variedades a serem plantadas e qual a quantidade de cada uma, deve-se imaginar sua distribuição no terreno. Nessa distribuição deve-se procurar plantar juntas as espécies com exigências similares, o que facilitará os tratos culturais futuros.




ESCOLHENDO O LUGAR
O local para plantio de um pomar doméstico deve preencher certos requisitos que permitam a obtenção de plantas produtivas:
Solo sílico-argiloso, profundo, bem drenado e levemente inclinado, disponibilidade de água, boa insolação.
Solos úmidos devem ser evitados visto que em geral as raízes das plantas frutíferas são muito sensíveis às condições de encharcamento (no caso dos citros, abacate, maracujá e mamão). 
Deve-se, também, procurar plantar juntas as espécies com exigências semelhantes. É recomendável adotar uma distribuição irregular dessas plantas, dentro de um alinhamento padrão, para se conseguir um melhor efeito estético, assim como uma menor incidência de pragas e doenças. Resumindo, vejamos algumas medidas importantes no planejamento do pomar:
O pomar deve, sempre que possível, estar localizado próximo à residência, de modo a permitir frequentes visitas, propiciando, inclusive, condições para o consumo de boa parte da produção diretamente da planta. 
Decida as espécies, quantidades e variedades a serem plantadas.
Distribuia as espécies escolhidas, procurando agrupar espécies com exigências semelhantes.
Adotar distribuição irregular dessas plantas, dentro de um alinhamento padrão, para se conseguir um melhor efeito estético como também uma menor incidência de pragas e doenças.
Solo sílico-argiloso, profundo, bem drenado e levemente inclinado. Solos úmidos devem ser evitados
É aconselhável que haja água nas proximidades, não só para irrigação mas também para ser utilizada na aplicação de defensivos, se for o caso.
Sempre que possível o terreno deve se voltar par ao Norte e ser protegido do vento Sul. 
CLASSIFICAÇÃO DAS FRUTÍFERAS
As plantas frutíferas, em função de suas exigências climáticas, podem ser divididas em três grandes classes:
FRUTAS TROPICAIS - São as mais sensíveis ao frio. Permanecem constantemente enfolhadas dando mais de uma safra por ano. São as mais resistentes, menos exigentes em tratos, possuem menos inimigos e não exigem poda. Ex.: maracujá, mamão, abacaxi, jabuticaba, etc;.
FRUTAS DE CLIMA TEMPERADO - Originárias das regiões mais frias do globo, perdem suas folhas durante os meses de inverno. As frutíferas de clima temperado, por sua imperfeita adaptação ao nosso clima, são bem mais perseguidas por pragas e moléstias, exigindo tratamento fitosanitário mais cuidadoso. Quase todas exigem poda de formação e, quando em produção, uma poda anual de frutificação. São exigentes em frio e, não se dando bem em regiões mais quentes. Ex.: maçã, ameixa, pêssego, nectarina, etc.
FRUTAS SUBTROPICAIS - Possuem exigências climáticas intermediárias entre as frutas tropicais e as de clima temperado (dependendo da espécie têm exigências mais próxima de uma ou de outra classe citada) . Alguma dentre suas espécies, como por exemplo do figo, perdem suas folhas no inverno, enquanto outras espécies permanecem sempre verdes (citricas). Toleram bem geadas leves. 
O CLIMA DA REGIÃO SUDESTE
O clima Tropical abrange grande parte do Planalto Central e parte do Planalto das Guianas, estendendo-se pelas regiões Sudeste e Nordeste. A temperatura média fica acima de 20º C. O inverno é quente e seco, e o verão, quente e chuvoso. O índice pluviométrico é de 1.000 a 1.500 mm/ano. 
O sudeste é a região do país com maior variedades de tipos de clima. Desde o clima subtropical, da região sul, até o clima semi árido, do nordeste, se fazem presente no sudeste brasileiro. As temperaturas variam bastante. A média fica baixo dos 17°C na serra da Mantiqueira e chega a ficar em certas cidade acima dos 25°C no sertão mineiro. No verão, as temperaturas chegam a ficar acima dos 34°C no litoral carioca e capixaba, nas partes tropicais de Minas Gerais e também no oeste paulista. Já nas partes mais altas, as temperaturas não chegam a ficar com frequência acima dos 30°C, mas nos dias mais quentes pode atingir valores de até 34°C, diferentemente da serra da Mantiqueira onde raramente chega-se a mais de 27°C. A temperatura pode chegar a 40°C no sertão de Minas Gerais. 
No inverno, algumas partes não apresentam diferença de temperatura, como no Espirito Santo e norte de Minas Gerais. Já nas partes altas, as temperaturas minimas ficam em 10°C, podendo diminuir com massas de ar polar. Em Campos do Jordão, por exemplo, as temperaturas minimas média em julho são de 4°C e em alguns dias chegam a ficar abaixo de 0°C. Quando massas de ar polar mais fortes atingem a região, pode ocorrer geadas no oeste e sul de São Paulo e na serra da Mantiqueira, onde a média é de mais de 15 geadas/ano. 
No interior de São Paulo raramente registra-se mais de 5 geadas/ano. O regime de chuvas é regular sem estação seca, com queda no indice no inverno, exceto no norte mineiro onde as chuvas são escassas. 

Retirado do site:  http://www.cantoverde.org/pomar1.htm

Um comentário: